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Morre o ator e humorista Paulo Gustavo, vítima da Covid-19

Postado em 05/05/2021 por

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*Fonte imagem : Morre o ator e humorista Paulo Gustavo, vítima da Covid-19*


Paulo Gustavo (Foto: Divulgação)

O ator Paulo Gustavo, um dos humoristas mais populares e admirados do Brasil, morreu nesta terça (4), aos 42 anos, vítima de Covid-19. Ele estava internado desde 13 de março no Hospital Copa Star, em Copacabana, na Zona Sul do Rio. O quadro de saúde de Paulo Gustavo piorou na noite de domingo (2). Até então, ele vinha apresentando melhoras significativas, chegou a ter redução de sedativos e bloqueadores e a interagir com médicos e também com o marido, Thales Bretas. À noite, no entanto, sofreu uma embolia pulmonar. Ontem à tarde, um novo boletim informou que o ator estava com quadro irreversível, mas mantinha os sinais vitais. Às 21h12 foi constatada a morte do ator.

Ele deixa o marido, Thales, com quem se casou em 2015, e dois filhos pequenos, Gael e Romeu, além do pai, Júlio Marcos, da irmã, Juliana Amaral, e a mãe, Déa Lúcia Amaral, que inspirou a criação do personagem mais famoso de Paulo Gustavo, Dona Hermínia, que fez sucesso no cinema e no teatro.

Biografia
Paulo Gustavo Amaral Monteiro de Barros nasceu em Niterói em 30 de outubro de 1978 e estudou teatro na Casa das Artes de Laranjeiras, no Rio, na mesma turma de Fábio Porchat. A primeira peça da qual participou foi “O surto”, em que dividia a direção com Fernando Caruso, em 2004. Foi no espetáculo que apresentou pela primeira vez a personagem Dona Hermínia, que marcaria sua carreira para sempre. A mãe superprotetora e hilária ganhou peça própria em 2006 e chegou ao cinema sete anos depois.

Recordista de bilheteria
Somados, os três filmes de “Minha mãe é uma peça” venderam mais de 26 milhões de ingressos entre 2013 e 2020 ” chegou a mais de 11,5 milhões de espectadores nos cinemas brasileiros. O terceiro filme teve a maior arrecadação da história do cinema brasileiro, com R$ 182 milhões de bilheteria. A cifra fez com que o filme se tornasse a comédia com maior público da história do cinema nacional. A saga de Dona Hermínia se tornou a franquia de maior público da história do cinema nacional, com mais de 26 milhões de ingressos vendidos.

Entre 2006 e 2007, o espetáculo teatral “Minha mãe é uma peça” levou mais de 100 mil pessoas ao teatro em sua temporada no Rio de Janeiro. Somando todas as versões do espetáculo “Minha mãe é uma peça”, lançado em 2006, Paulo Gustavo já levou mais de 2 milhões de fãs aos teatros.
Além do sucesso de Dona Hermínia, o ator se destacou pelos filmes “Minha vida em Marte” (2018) e “Os homens são de Marte… e é para lá que eu vou” (2014), nos quais contracenou com a atriz e amiga Mônica Martelli. Ele interpretou o personagem Aníbal em ambas as comédias.

Na televisão, Paulo apresentou em 2011 o programa “220 Volts”, do Multishow. Dois anos depois, no mesmo canal, ele passou integrar o elenco da sitcom “Vai que cola”, vivendo o malandro Valdomiro Lacerda. O personagem foi um sucesso também na adaptação para o cinema, em 2015. Também no Multishow, o ator protagonizou, ao lado de Katiuscia Canoro, a série “A vila”. Na produção, ele interpretou o ex-palhaço Rique.

Espetáculo com a mãe passou por Curitiba em agosto de 2019
Como forma de retribuir toda a contribuição da mãe para sua carreira, Paulo Gustavo Gustavo criou a peça “Filho da mãe”, na qual dividia o palco com Dona Déa para cantar e contar histórias. O espetáculo passou por Curitiba em agosto de 2019, com todas as sessões esgotadas.

Conheça os filmes feitos por Paulo Gustavo

A Guerra dos Rocha (2008)

No longa dirigido por Jorge Fernando, Paulo Gustavo teve uma pequena participação, interpretando o personagem identificado como Funcionário. A comédia foi estrelada por Ary Fontoura, que vive a velhinha Dina Rocha, Diogo Vilela e Giulia Gam, entre outros.

Xuxa em O Mistério de Feiurinha (2009)

A eterna rainha dos baixinhos é a Cinderela que, ao lado Rapunzel (Angélica), Branca de Neve (Daniele Valente), Chapeuzinho Vermelho (Samantha Schmütz) e Bela (Lavínia Vlasak), está prestes a completar bodas de prata com seus respectivos maridos. No filme dirigido por Tizuka Yamazaki, Paulo Gustavo faz uma participação como Caio Lacaio, assim como Hebe Camargo, que vive a Rainha Mãe.

Divã (2009)

Mercedes (Lília Cabral) é uma mulher casada que, por curiosidade, procura um analista. Aos poucos, descobre facetas que desconhecia. Na comédia dirigida por José Alvarenga Jr., inspirada na obra de Martha Medeiros, Paulo Gustavo interpreta Renée Gama. O filme alcançou uma bilheteria com mais de 1,7 milhão de espectadores.

Os Mercenários (2010)

Filme internacional, dirigido, escrito e interpretado por Sylvester Stallone, o longa tem elenco estelar (Mickey Rourke, Bruce Willis, Arnold Schwarzenegger) e Paulo Gustavo, no papel identificado como Soldado.

De Volta ao Divã – O Filme (2011)

Com o sucesso do primeiro longa, era inevitável que logo viesse uma continuação – e Paulo Gustavo continua vivendo o personagem Renée.

Minha Mãe É uma Peça – O Filme (2012)

O primeiro grande sucesso de Paulo Gustavo, que o transformou em um dos grandes sucessos de bilheteria no cinema nacional. Trata-se da transposição para a tela da peça em que Gustavo vive Dona Hermínia, mulher de meia idade, divorciada e que, hiperativa, não larga do pé dos filhos Marcelina (Mariana Xavier) e Juliano (Rodrigo Pandolfo). Foi o filme mais assistido nas salas nacionais em 2013, com mais de 4,6 milhões de espectadores.

Os Homens São de Marte… E É Pra Lá que Eu Vou (2014)

Comédia escrita e interpretada por Mônica Martelli, que vive Fernanda, que trabalha organizando a cerimônia mais importante do imaginário feminino, o casamento, mas é solteira. Paulo Gustavo é o coprotagonista da história, no papel de Aníbal.

Vai que Cola – O Filme (2015)

Inspirado na série de sucesso da TV, o longa traz Paulo Gustavo como Valdomiro que, depois de ser vítima de um golpe que levou todo seu dinheiro, é obrigado a se mudar para a pensão da Dona Jô (Catarina Abdalla), no Méier, barro de subúrbio do Rio. As situações exageradas do filme foram alvo tanto de críticas como de elogios. O público gostou, pois teve mais de 3 milhões de espectadores no cinema.

Minha Mãe É uma Peça 2 (2015)

Também era inevitável que as histórias de Dona Hermínia ganhassem uma continuação no cinema. Agora rica e famosa, a mãe super protetora é obrigada a encarar a casa vazia, com a saída dos filhos. O público continuou fiel e, apenas no primeiro fim de semana em cartaz, o longa alcançou 1 milhão de espectadores. Atualmente, já computa mais de 9 milhões de pessoas que foram ao cinema.

Minha Vida em Marte (2017)

Outra aposta numa história com personagens conhecidos, que fez sucesso. Fernanda (Monica Martelli) está casada com Tom (Marcos Palmeira), com quem tem uma filha de cinco anos, Joana (Marianna Santos). A relação está desgastada depois de um casamento de vários anos, o que gera atritos constantes. A superação da crise é ajudada por seu sócio Aníbal (Paulo Gustavo).

Minha Mãe É uma Peça 3 (2019)

Ainda fonte inesgotável, a história mostra Dona Hermínia se reorganizando, uma vez que seus filhos estão formando novas famílias. Além de se tornar avó mais uma vez, com o nascimento do filho de Marcelina, ela acompanha o casamento de Juliano. Graças ao público fiel, o longa superou, em seu primeiro fim de semana, dois grandes rivais na bilheteria: Star Wars: A Ascensão Skywalker e Frozen 2. O fechamento dos cinemas em março de 2020, por causa da pandemia do novo coronavírus, interrompeu a arrecadação.

Homenagens nas redes sociais

“Meu irmão, eu te amo e pra sempre vou te amar. Você foi muito bravo e agora pode descansar. Vamos lembrar de você assim. Sorrindo, criando, fazendo o Brasil gargalhar. Te amo. Obrigada por ter sido meu parceiro, irmão, confident. Você transformou a minha vida, você sempre irá me influenciar”

Mônica Martelli, atriz e comediante

“Hoje a vida perdeu um pouco de graça. O Brasil perde um pedaço precioso seu. Que triste é ter que vivr num mundo sem Paulo Gustavo. Um pedaço de mim se vai. Te amo, Paulito. Um beijo do tamanho do mundo em toda a família da qual me sinto parte”

Fábio Porchat, humorista

“Paulo, esse poço de talento e gerador de prazer doado ao Brasil por Niterói, encarnou, em seu trabalho e em sua vida pessoal, essa alegria antes apenas mítica. É significativo que a notícia de que o perdemos chegue no dia em que se abre a CPI da Covid no Senado Nacional. O povo brasileiro, que encheu os cinemas para rir com Paulo Gustavo, está de luto. E deve revoltar-se contra os responsáveis por nossa vulnerabilidade frente à pandemia que nos tirou essa pessoa amada por representar nossa vocação para o SIM.”

Caetano Veloso, cantor e compositor

“Você será lembrado para sempre, com muito amor e sorriso no rosto! Que você tire gargalhadas onde estiver. Saudades que fica é gigante”

Bruno de Luca, ator e apresentador

“Paulo transformou a vida de milhares de pessoas, com sua alegria, sua energia, genialidade, coragem e sobretudo generosidade”. Tão brilhante tão gigante”

Ana Furtado, apresentadora e atriz

Fonte: Bem Paraná

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